sábado, 5 de novembro de 2011

Rango



O Filme Rango é uma super animação lançada em 2011, em minha opinião o melhor e mais bem produzido nesta linha. Rango é um pequeno camaleão domestico, que por acidente é jogado de sua vida em um pequeno aquário vazio, onde encena suas mil e uma identidades, reproduzindo aquilo que vê do lado de fora,  quando, por meio de um acidente, ao mundo selvagem, em árido deserto e tem de lidar com situações radicalmente novas para sobreviver. Ele não tem nome, nem amigos, e é nesse momento que ele toma para si uma identidade, Rango descobre aquilo que é apenas quando está ante os outros, pois até então sozinho em seu aquário não tinha certeza nenhuma. 

Além de ser uma animação de ponta no que diz respeito a qualidade da manipulação da técnica de imagem, Rango não deixa a desejar em nenhum quesito, bom humor, ação e aventura a cada segundo nos promovem uma enorme satisfação em ver este filme. Mas, Rango é bem mais que um filme diversão, de forma sutil ele nos leva à questionar aspectos modeladores das identidades dos indevidos, e podemos acionar várias leituras sociológicas, como, por exemplo, Erving Goffman em  "A REPRESENTAÇÃO DO EU NA VIDA COTIDIANA", quando notamos um Rango que encena a todo momento um papel na sociedade, papel este que é condicionado pelas expectativas de todos que o rodeiam, sendo, desta forma, forçado a tomar posturas que são esperadas para que sua imagem não seja maculada.

Essa obra pode ser facilmente ministrada em sala de aula para despertar nos alunos o olhar crítico, além de servir como apoio para trabalhar-se a questão da identidade e sua formação, servindo por tanto à todas as disciplinas na área de humanas, desde a análise do filme na profundidade literal de seus personagens ao complexos jogos que os levam a articularem-se em uma comunidade e o efeito que isso causa em cada um deles enquanto individuo.

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