terça-feira, 11 de outubro de 2011

Filme: Rainha Margot



Para quem é da área de História, ou mesmo de outras áreas,  trabalhar com filmes pode ser uma "faca de dois gumes", sem o devido cuidado, o filme deixa de ser um rico recurso pedagógico.
Assisti a este filme há mais de um ano, e para quem está trabalhando com a Reforma Protestante, é uma forma impar de tratar o assunto, sem deixar os alunos entediados.

França, século XVI. O conflito entre católicos e protestantes é a grande tônica do filme, junto com o jogo de intrigas em busca do poder. Apoiado em fatos históricos, fornece um roteiro de prováveis intrigas amorosas e políticas da monarquia para legitimação do poder, que culminaram no triste episódio da Noite de São Bartolomeu – o massacre dos protestantes pelos católicos na França.
A princesa Margot, mergulhada nas disputas de seus irmãos, vê-se obrigada pela mãe (a católica Catherine de Médicis) a casar com o protestante espanhol Henry de Navarre, na tentativa de pôr fim ao conflito; porém na festividade de seu casamento ocorre o massacre.
Inicialmente alheia à disputa familiar, ela vai mudando de posicionamento, motivada pelo seu envolvimento amoroso, arriscando-se a proteger alguns dos sobreviventes do massacre, principalmente na busca do homem que ama.
O filme fornece elementos para posterior discussão da intolerância de qualquer natureza como cruel estratégia de sustentação de poder e dominação; da necessidade de pensarmos nas composições e no respeito às diferenças étnicas, religiosas e culturais como premissas para  sustentação de sociedades justas e pacíficas. Transpondo o enredo para a esfera escolar, temos elementos para pensar na vida de grupo, pautada no respeito e convívio com as diferenças de qualquer natureza. 
O filme tem um ritmo diferenciado, marcado pelo suspense, fruto das constantes traições amorosas e políticas que mantêm o espectador motivado no desenrolar da trama, mesmo adotando um caráter intimista característico do cinema europeu.


FICHA TÉCNICA

Características: França/Alemanha/Itália, 139 minutos, produzido em 1994
Direção: Patrice Chéreau
Gênero: drama
Distribuição em vídeo: Videolar Multimídia
Prêmios/indicações: César de Melhor Atriz para Isabelle Adjani, de Melhor Figurino, Melhor
Ator e Atriz Coadjuvante, Melhor Direção e Fotografia; Cannes para Virna Lisi e prêmio do júri


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olá, Obrigado por comentar no Diário do Educador.